domingo, 25 de setembro de 2011

Eu sou...

Aceito novidades limitidas. Sou cabeça semi aberta.
Só julgo com meias palavras.

Sou uma aventureira territorialista.
E quando parto quero voltar logo.
Eu gosto de ter para onde voltar.
Aliás, não gosto de voar,
gosto de planar.

Gosto de me enraizar,
gosto do meu lugar.
E quando eu o chamo de lar,
não quero mudar.

Sou uma caretinha meio hipócrita.
Na verdade sou bem simplesinha.
Já nasci velha,
para morrer jovem um dia.

Bandido Coração

Óh, bandido coração!
Que queres tu de mim,
se numa mão tens uma faca que dilacera o meu peito,
e com a outra tu juntas os cacos?

Queres uma compreensão tamanha que não cabe mais a mim...

Óh, bandido coração!
Contigo vale a reciprocidade:
dá-me pouco, ganhas pouco.
Ganhas beijo amargo e de mim só um pedaço.

Não sou teu suporte, nem aguento coisas pesadas...

Óh, bandido!
Porque és tão retraído,
tão distraído,
tão intranquilo,
que  põe em perigo a minha sanidade?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A ferida que não Sara.

A máscara que caiu de ti um dia.
Feriu, doeu, decepcionou.

A doçura que existiu em ti um dia.
Sumiu, evaporou, amargou.

A cada sol que nasce,
a cada lua que se renova,
a minha tristeza não desbota, não descora.

A tua mão muito mal estendida,
a nossa amizade muito mal considerada,
e o perdão nunca pedido (como posso dá-lo?)
Me despedaçam, me afobam, me derrotam.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Só love.

O amor não enxerga,
o amor não tem promessa.
Ele é uma eterna credulidade.

O amor é só verdade,
é sempre comoção,
é sempre sem razão...

O amor não se põe na balança,
pois não há prato que lhe caiba.

Não há coragem que se meça...

O amor não permite corrompimentos,
ele é pureza que exala.

O amor aceita, acredita, venera e admira,
e pra sempre vai se admirando... admirando....

Porque o amor é simplesmente amor. Ele por si só se explica, se define, se admite.
Ame quem puder,
quem acreditar,
quem decidir se entregar.