
O seu amigo não se compadeceu com suas lágrimas. Ele estava meio transtornado. Talvez mais tarde se arrependesse do que havia dito. Ela sabia que ele não gostava de magoá-la. Mas magoou. Nada não. As lágrimas foram enxutas. O soluço engolido de modo a doer na garganta. E um sentimento que poucas vezes sentira em sua vida veio à tona naquele momento: vingança. Não uma vingança má, de querer dar o troco. Apenas uma vontade de calar a boca daqueles que duvidaram. De mostrar que PODIA e que IA conseguir. Não importa como ou o quanto se esforçasse. Mas era uma questão de honra.
Quinze dias depois. Muito antes do previsto, a menina conseguira. E não hesitou em ligar para seu amigo: “Consegui. A minha festa de formatura vai sair!” O que ela escutou? Uma vibração do outro lado da linha: “ Meus parabéns! Você é demais, sempre consegue o que quer”. Ok, ok talvez ele realmente não tivera a vontade de lhe magoar. Mas estava feliz agora. Era muito bom vencer.